sábado, 29 de dezembro de 2007
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Comissão Europeia incentiva o desenvolvimento da literacia mediática
Acaba de ser divulgado o primeiro documento político sobre a literacia mediática a nível da UE. A comunicação da Comissão anuncia um estudo a lançar em 2008 sobre a avaliação da literacia mediática em diversos níveis. No press release sobre o assunto pode ler-se que "a capacidade das pessoas de analisarem criticamente o que encontram nos media e de fazerem escolhas mais informadas – conhecida como 'literacia mediática' – é cada vez mais um elemento essencial para uma cidadania activa e para a democracia". A presente comunicação surge na sequência de um inquérito efectuado no ano passado à escala da União Europeia que serviu para balizar o conceito:
"A literacia mediática diz respeito a todos os tipos de media, nomeadamente televisão, cinema, vídeo, sítios Web, rádio, jogos vídeo e comunidades virtuais. De forma sintética, pode dizer-se que é a capacidade de aceder, compreender, avaliar e criar os conteúdos dos media. O cidadão comum cada vez mais tem acesso a – e coloca em linha - conteúdos que são visíveis em todo mundo. No entanto, nem todos compreendem ainda plenamente o contexto em que esses materiais são escritos, vistos ou lidos, nem as possíveis consequências da publicação directa dos mesmos. Consequentemente, é necessário que todos os cidadãos adquiram novas qualificações como comunicadores activos e criadores de conteúdos. Num ambiente mundial e multicultural, surgem novos desafios relacionados com os media que levantam problemas no que respeita à segurança, à inclusão e à disponibilidade de acesso para todos."segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
domingo, 9 de dezembro de 2007
Relações institucionais impraticáveis entre o Provedor do Ouvinte e o Director de Programas da RDP
Afinal, o que parecia ter sido uma cedência às sugestões do Provedor não se traduziu num melhor relacionamento institucional e José Nuno Martins, a propósito da reformulação de programas na Antena 3, dispara agora: "Não estando eu disposto a que o Senhor Director de Programas me voltasse a colocar condições prévias para responder a indagações que lhe faço", explica o Provedor, "entendi dirigir directamente as questões dos Ouvintes e as minhas propostas temáticas, ao Senhor Director-adjunto".
Todavia, a reacção do Director-adjunto, José Mariño, também não deixou de provocar o desagrado do Provedor: "o que é menos tolerável, é que não tenha sido a primeira vez que, usando de alguma impertinência, Mariño tenha pretendido indicar procedimentos ao Provedor do Ouvinte."
As picardias entre o Provedor do Ouvinte e o Director de Programas da RDP não são de agora. Ao longo do último ano, em várias emissões do programa "Em Nome do Ouvinte", José Nuno Martins vinha lamentando que as suas recomendações não encontravam eco no responsável executivo da Estação. Ao assumir publicamente a impraticabilidade de relações institucionais com o Director de Programas, o Provedor do Ouvinte da RDP sobe o tom da disputa. Agora, é só esperar e ver para que lado pende o "braço-de-ferro".
O que é a democracia, hoje?
"Pegando nos títulos de alguns dos seus livros mais recentes, mas pedindo-lhe respostas quase telegráficas, pergunto-lhe: o que é a democracia, hoje?
Na grande tradição ocidental (Hobbes e Rousseau), consiste na união de todos - todos por um e um por todos. É a unidade de todos que cria a liberdade de cada um. Não quero isso. Porque sei que isso abre a porta a todos os poderes autoritários que falam em nome do povo, do proletariado, da nação. Prefiro a definição a que chamo britânica: a democracia é a limitação do poder das instituições (Estado, religiões, poder económico, etc.)."
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
A 1ª série da revista "Grande Reportagem"
A redacção da revista "Grande Reportagem", chefiada por José Júdice, contava com os grandes repórteres Adelino Gomes, Fernando Gaspar, Miguel Sousa Tavares e Rui Araújo, para além de outros importantes nomes do jornalismo português como Carlos Oliveira, Gualdino Paredes ou Joaquim Furtado. O naipe de colunistas era de peso e a sua opinião continua a pontificar, ainda hoje, nos media: António Barreto, António Pedro Vasconcelos, Maria Filomena Mónica e Vasco Pulido Valente.
A 1ª série da "Grande Reportagem", que tinha periodicidade semanal e 68 páginas por edição, não chegou a durar um ano, mas inovou o panorama da imprensa portuguesa ao introduzir, ainda que timidamente, a cor e apresentando uma visão cosmopolita do mundo, contando para isso com correspondentes em Roma, Paris, Madrid, Londres, Bona, São Paulo e Genebra, coordenados em Lisboa por Seruca Salgado, entretanto, já falecido.
A minha colaboração na "Grande Reportagem", de que aqui deixo três peças, foi feita, então, a partir da República Federal da Alemanha onde pontificava, na altura, o chanceler Helmut Kohl (07/12/1984), ainda em pleno período de guerra fria (04/04/1985), e com a sociedade alemã conturbada pelas sequelas da actividade do grupo de Baader-Meinhoff (25/01/1985).
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Infoinclusões... dos outros
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
O futuro da rádio entre as profissões de fé e os factos
"Internet superará en 2008 a la radio como canal publicitario", CincoDias.com , 04/12/2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Infoinclusões... dos outros
"- Os políticos que pertencem aos partidos são cada vez mais pessoas que percebem menos dos homens. É trágico. A política transformou-se numa aprendizagem do discurso, de argumentar e refutar a argumentação do outro. Transformou-se numa arte da palavra, da gestão da palavra e não das coisas, muito menos dos homens. Os políticos deviam ler mais e viver mais para perceber os homens. Não têm experiências, têm discursos.
- Mentir faz parte dessa arte?
- A arte do discurso político é a arte de dizer as coisas sem mentir explicitamente. É quase sempre a arte de não mentir dizendo as coisas da forma mais conveniente. Transformou-se numa segunda linguagem. Hoje, mais do que saber disparar uma arma, um cidadão precisa, para defender-se, de perceber alguma coisa de linguagem. Os truques.
- Como assim?
- Um título recente no jornal dizia: ‘deficientes vão deixar de poder acumular dois subsídios.’ Era a frase de um político. Quem a lê, à primeira, se não souber de onde vem, quem a diz e qual é a intenção, associa “acumular” a alguém ganancioso, usurpador daquilo a que não tem direito. Já “subsídio” remete para não fazer nada e receber algo. Afinal, o que estava em causa eram deficientes que recebiam 20 euros de um subsídio, 15 de outro e cortaram-lhes um. É a isto que me refiro quando digo que as frases formam uma camada de engano.
- Ou seja, enganam sem mentir?
- Aquela frase não era mentira. Eliminava-se a acumulação de subsídios, mas quem lê pensa que se está a tirar de um grande privilegiado uma benesse quando se estava a tirar a uma pessoa deficiente 15 euros em 35. É repugnante.
- Como combater a mistificação?
- Um país sensato devia proporcionar aos cidadãos aulas de linguística para perceberem as questões da linguagem, o subliminar, o subtexto...
- Mas isso não interessa ao poder.
- Não, claro que não."
domingo, 25 de novembro de 2007
Jornalista multimédia, "ma non troppo"

domingo, 18 de novembro de 2007
"Debate Público" no RCP - interacção para a informação ou para o entretenimento?
Ademais, acontece que Aurélio Gomes e Teresa Gonçalves (cujo profissionalismo não está, obviamente, em causa) são exactamente os mesmos profissionais que, das 16h00 às 17h00, apresentam a chamada "Hora Rosa-Chique", com temas das chamadas revistas cor-de-rosa, ambos os programas englobados num mesmo espaço radiofónico - "Escolhidos a dedo" - cujo lema é todo ele uma filosofia: "informação, entretenimento e vida social". E nesta amálgama está tudo dito: no que aos audiovisuais diz respeito, os assuntos públicos, as questões de cidadania, dificilmente escapam a um tratamento fora do âmbito do entretenimento e do consumo.
Ao apropriarem-se dos assuntos públicos, a rádio e a televisão (e as emissoras privadas por maioria de razão), tendem a fazer espectáculo com tais questões por forma a rendibilizar o investimento feito. E, mesmo nas emissoras públicas, há quem duvide de que, nos programas interactivos, seja possível manter o "rigor informativo" e sustente que tais programas "apesar de tratados pela informação e por jornalistas constituem espaços fortemente especulativos".
Assim sendo, pode dizer-se que, no espaço público da rádio, a interacção para a cidadania é cada vez menos dicotómica com a interacção para o consumo, como se concluiu aqui, pelo que, nos audiovisuais em geral, a interacção para a informação e para o entretenimento serão duas faces de uma mesma moeda e estarão, cada vez mais, de mão dada.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Infoinclusão para jornalistas
SIC Online no centro das redacções da SIC
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
A rádio também já se vê
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Infoinclusões...dos outros
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Hoje a rádio é...pau para toda a obra
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
A importância da literacia da informação
O fim de um mito?
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Infoinclusões...dos outros
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Rádio Clube – uma rádio de influência?
As mudanças começaram logo ao segundo dia com a substituição da primeira apresentadora do programa “Posto de Escuta” que tinha sido escolhida “após um rigoroso e exigente casting”. Depois, ao longo dos meses, sucederam-se as alterações: fechou a “Loja do chinês”, inicialmente apresentado como um grande programa de humor; eclipsou-se o “Tudo é possível” apesar da garantia de ser este o programa mais popular de toda a grelha do Rádio Clube; a grande aposta para as tardes de 2ª a 6ª feira na “Janela aberta”, Célia Bernardo, foi remetida para as manhãs do fim-de-semana; Luís Filipe Borges, o badalado humorista-entrevistador desapareceu do éter depois do Verão; a “Torre de Babel”, do multifacetado opinion maker Nuno Rogeiro, deve ter-se desmoronado porque deixou de se ouvir falar dela; para além do meteórico aparecimento, numa semana, de um programa de astrologia africana que, na semana seguinte, passou para a Romântica FM.
Cito estes exemplos de memória, mas muitos outros ajustamentos de pessoas e horários foram sendo feitos ao longo deste ano, sempre justificados como reforços da grelha que, nalguns casos, não duraram mais do que poucas semanas (escaparam dignamente às instáveis opções hertzianas de Luís Osório o “Minuto a Minuto” de João Adelino Faria e o “Escolhidos a dedo” da dupla Aurélio Gomes/Teresa Gonçalves). Porém, aparentemente, toda esta agitação nem sequer teria razões para ocorrer uma vez que foi feita uma longa preparação logística e de formação de pessoal antes do arranque do novo formato do RCP. O switch-on do projecto esteve inicialmente apontado para Setembro de 2006 mas acabou por ser adiado para Janeiro de 2007, mês durante o qual decorreu uma limpeza de antena, com os serviços reduzidos ao mínimo, a fim de ajudar o auditório na caracterização do novo formato.
Vem tudo isto a propósito daquilo que reputo como a primeira condição para se conseguir influência – a credibilidade. Por mais esforçado que seja o marketing, os factos que evidenciam dificuldades em manter uma coerência na grelha, a imaturidade revelada por algumas das escolhas, aparentemente definidas menos por critérios profissionais e mais por amiguismo ou compadrio dentro de um quadro que na blogosfera chegou a ser ironicamente apresentado como tratando-se de um grupo organizado, e o esquecimento de que não se consegue influenciar sem compreender o meio (Hannah Arendt dizia, de resto, que interessava-lhe muito mais compreender do que influenciar) podem fazer desmoronar as ambições de qualquer projecto.
Para além disso, a verdadeira credibilidade é aquela que é reconhecida, e não a que nos pretendem impor. Não é por conceder espaços de antena a esmo a protagonistas e a opinion makers, ou por se fazerem mais ou menos “fretes”, que se conquista um reconhecimento sustentado. A prazo, toda essa construção esboroa-se, ao ser detectada pela opinião pública, e as concessões acabam por não dar os frutos desejados.
Nos primeiros tempos da TSF (e honra seja feita ao Emídio Rangel da altura pelo espírito que incutiu na sua equipa) os “barões” da rádio de então (João David Nunes na Comercial, Magalhães Crespo na Renascença) minimizaram os efeitos da concorrência dos “miúdos da TSF” até que tiveram que acabar por dar crédito à nova estação. E isto, porque havia uma linha de rumo definida e um know-how competente que fez com que fossem os protagonistas a quererem aparecer na antena de uma TSF que se impôs como credível.
Chegados a este ponto passamos à segunda condição para se conseguir ganhar influência – a notoriedade. Utilizando o registo de audiências feito pelo Bareme Rádio da Marktest podemos verificar que o RCP passou de mais de 3% de A.A.V. , antes da chegada de Luís Osório, para os actuais 1% de A.A.V. (3º trimestre de 2007). Já se sabe que as audiências do Bareme Rádio valem o que valem e as suas debilidades estão identificadas. Porém, se os dados actuais não servirem para mais nada servem, pelo menos, para determinar uma tendência. E essa é, manifestamente, desoladora para o RCP desde há dois anos a esta parte:
2º trimestre de 2005 – 3,6% A.A.V.
3º trimestre de 2005 – 3,2% A.A.V.
4º trimestre de 2005 – 3,1% A.A.V.
1º trimestre de 2006 – 3,2% A.A.V.
2º trimestre de 2006 – 2,3% A.A.V.
3º trimestre de 2006 – 2,4% A.A.V.
4º trimestre de 2006 – 2,4% A.A.V.
1º trimestre de 2007 – 2,2% A.A.V.
2º trimestre de 2007 – 1,4% A.A.V.
3º trimestre de 2007 – 1,0% A.A.V.
Analisando apenas o período que contempla a mudança radical de formato para uma rádio de palavra (a partir de Janeiro de 2007) o declínio do grau de notoriedade revelado pelas audiências é ainda mais acentuado. Porém, segundo os responsáveis do RCP e também no entender de alguns comentadores que comungam da mesma opinião, a explicação está no facto de terem migrado para outras estações quase todos os ouvintes que preferiam o formato anterior, enquanto que os novos ouvintes favoráveis ao actual formato estão ainda a ser conquistados.
Seja como for, com a actual cifra de 1% de A.A.V. (traduzida em cerca de 83 mil ouvintes de um universo potencial de 8 milhões e 300 mil), somada à falta de estabilidade de uma grelha que sustente a credibilidade do projecto, é difícil conceder que o RCP possa ser considerado, desde já, uma rádio de influência. Até porque quem tem uma efectiva influência não precisa andar a alardear aos quatro ventos que a tem ou que a quer ter. Pura e simplesmente são os outros que lhe reconhecem, ou não reconhecem, tal prestígio.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Mercado de trabalho encolhe para jornalistas e locutores de rádio
"Another endangered species: journalists. Despite the proliferation of media outlets, newspapers, where the bulk of U.S. reporters work, will cut costs and jobs as the Internet replaces print. While current events will always need to be covered (we hope), the number of reporting positions is expected to grow by just 5% in the coming decade, the Labor Departmant says. Most jobs will be in small (read:low-paying) markets.
Radio announcers will have a tough time, too. Station consolidation, advances in technology and a barren landscape for new radio stations will contribute to a 5% reduction in employment for announcers by the midlle of the next decade. Even satellite radio doesn't seem immune from the changes. The two major companies, XM and Sirius - which now have plans to merge - have regularly operated in the red."
Numa economia global o cenário dos EUA não tardará a projectar-se em todo o mundo. Também em Portugal, neste século XXI, as perspectivas de uma carreira não deverão ser muito aliciantes para jornalistas e locutores de rádio.
(Dica de João Pedro Pereira em ENGRENAGEM)
domingo, 28 de outubro de 2007
Infoinclusões...dos outros
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Mas que falta de imaginação!....
Adivinhem como se chama o novo programa de tops musicais da Rádio Comercial que segue a linha do TNT - Todos No Top, histórico programa de Jorge Pêgo na Rádio Comercial no início dos anos 80? TNT - Todos No Top!
Adivinhem quem se inspirou na música e na coreografia que se segue interpretada por Claude François nos anos 60?
terça-feira, 9 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Infoinclusões...dos outros
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Quantos são, quantos são?
Noticiário das 17 horas da Rádio Renascença. A repórter Liliana Monteiro entra em directo da Estação do Oriente dizendo que a dimensão do protesto congrega, naquela altura, cerca de uma centena de participantes.
Afinal, em que ficamos?
domingo, 23 de setembro de 2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Memória de elefante
António Sérgio não começou na Rádio Renascença, em 1977, com o programa "Rotação". Já no início dos anos 70 podia ser ouvido na mesma Renascença, ao lado de Odete Ferrão, apresentando o "Encontro para dois" ou, então, no "Tic-tac", dois programas que não se identificavam sequer com qualquer cultura musical de vanguarda, antes pelo contrário, e onde imperava a chamada "música ligeira".
E não se pode, sequer, invocar o facto de se estar antes do 25 de Abril porque, na mesma emissora e na mesma época, havia programas com conteúdos musicais e formas de apresentação muito menos convencionais como, por exemplo, o "Tempo Zip" ou o "Página 1". Assim sendo, a participação no "Encontro para dois" ou no Tic-tac" apenas pode ser entendida como uma deriva no percurso profissional do então "jovem e inconsciente" António Sérgio que viria, posteriormente, a marcar a rádio através dos seus programas de autor.
Por isso mesmo, o respeito pelas três últimas décadas do trabalho de António Sérgio justificam plenamente um sublinhado por baixo da caracterização feita aqui, no post Go West, onde se lê que "agora, um rapazote velho e meio-néscio despediu-o". Eu não diria melhor.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
A gramática e a plástica da rádio
Também a execução formal e a apresentação de um produto radiofónico deverá pressupor que o comunicador possua determinadas características e conhecimentos que são próprios do meio rádio.
Vem isto a propósito de quão penoso tem sido acompanhar os primeiros dias em antena da nova aposta para as tardes do RCP, Ana Sousa Dias.
As hesitações, as falhas na condução da emissão, os sucessivos pedidos de desculpa aos ouvintes e uma suposta informalidade revelam, sobretudo, um ténue conhecimento da gramática e da plástica da rádio por parte de alguém que, manifestamente, não está talhada para a função que lhe quiseram atribuir.
Não estão sequer em causa a experiência e os atributos de Ana Sousa Dias como jornalista/entrevistadora. Porque ela, no “Janela Aberta” do RCP, é muito mais do que isso. Como tal, ou se preparava devidamente para conduzir uma emissão com proficiência ou, então, não aceitava dar voz e desempenhar uma tarefa específica de um meio que, nitidamente, não domina.
Assim como não é normal que um jornalista formado no meio rádio salte directamente para responsável pela paginação da mancha gráfica num jornal ou para repórter de imagem numa televisão, o inverso também não deveria acontecer.
Apesar da tendência crescente para a convergência dos meios e polivalência de funções há especificidades do trabalho jornalístico que exigem um acumular de experiências e conhecimentos que devem ser adquiridos na retaguarda.
Porém, actualmente na rádio corrigem-se os erros e aprende-se “no ar” esquecendo que, mesmo no pára-quedismo, se começam por fazer os primeiros ensaios em terra.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Ler jornais é saber mais?
Consenso no BCP: Estatutos alterados até ao fim do ano (Jornal de Negócios)
Accionistas do BCP continuam sem acordo para a assembleia (Público)
Acordo alcançado no BCP pacifica assembleia geral (Diário de Notícias)
Guerra mais acesa no BCP em vésperas de assembleia de accionistas (Jornal de Notícias)
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Um trabalho simultâneo para rádio e televisão
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Posso ser muito antiquado, mas não percebo...
domingo, 1 de julho de 2007
Vedeta da Prisa explica perda de credibilidade da rádio
Fonte: Madridpress.com, 28/06/07 via O segundo choque (digital)
Infoinclusões...dos outros
Blogosfera sob escuta para empresas e políticos. De João Pedro Pereira na edição #18 em papel do Suplemento "Digital" do Público (só para assinantes): "A Seara.com, uma empresa portuguesa de consultoria na área da Internet, lançou o E.Life, um serviço que permite aos clientes acompanhar o que se diz sobre eles na Internet portuguesa -desde textos na blogosfera a comentários em fóruns, redes sociais ou outros espaços que permitam aos utilizadores inserir conteúdo. A tecnologia, desenvolvida por uma firma brasileira, recolhe comentários que incluam uma referência a uma marca ou pessoa (ou qualquer outro termo que seja pedido por quem usa o sistema)."
A 'Princesa do Povo' - Dez Anos de Mentiras. De Miguel Sousa Tavares no Expresso.
Amália “no tempo das cerejas”

Em 1985, numa tarde de Novembro, eu subi ao salão do 1º andar do nº 193 da Rua de São Bento para registar o testemunho de Amália Rodrigues. Passavam, então, os seus 45 anos de carreira e o objectivo era a realização de um programa sobre a música de Amália que viria a ser emitido pela rádio alemã “WDR 4”. O guião do programa "Uma estranha forma de vida" está aqui. A entrevista não editada pode ser ouvida aqui.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Troca a televisão pela rádio
O anúncio foi feito ontem pelo director do RCP, Luís Osório, durante o debate "Quantos dias para a rádio", que decorreu na Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa. Luís Osório escusou-se, contudo, a revelar o nome do novo reforço televisivo que está a caminho do RCP.
Provedor do Ouvinte, 1 - Antena 3, 0
José Nuno Martins congratulou-se com a iniciativa dos responsáveis pelo chamado canal jovem da RDP que, assim, dão sequência às observações críticas do Provedor constantes no Relatório de Actividade referente a 2006.
sábado, 16 de junho de 2007
domingo, 10 de junho de 2007
Convidados com assinatura no RCP
quinta-feira, 7 de junho de 2007
A lógica do consumo "pós-moralista"
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Massificação da informação e banalização da opinião
quinta-feira, 31 de maio de 2007
UGC - a nova galinha dos ovos de ouro
domingo, 27 de maio de 2007
Princípios para uma literacia mediática
1. Media Literacy Education requires active inquiry and critical thinking about the messages we receive and create.
2. Media Literacy Education expands the concept of literacy (i.e., reading and writing) to include all forms of media.
3. Media Literacy Education builds and reinforces skills for learners of all ages. Like literacy, those skills necessitate integrated, interactive, and repeated practice.
4. Media Literacy Education develops informed, reflective and engaged participants essential for a democratic society.
5. Media Literacy Education recognizes that media are a part of culture and function as agents of socialization.
6. Media Literacy Education affirms that people use their individual skills, beliefs and experiences to construct their own meanings from media messages.
O desenvolvimento de cada um destes pontos dos Core Principles for Media Literacy Education pode ser encontrado aqui.
(dica de EDUCOMUNICAÇÃO / EDUCOMUNICACIÓN)
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Uma Revista de Imprensa para ser ouvida
No RCP (2ª a 6ª feira, entre as 7h e as 10h, com várias intervenções) Nuno Domingues, a sós às 7h55, e com a cumplicidade de João Adelino Faria depois das 8h, olham para a imprensa comentando a importância de uma notícia, avaliando a estética de uma mancha gráfica, sublinhando uma curiosidade neste ou naquele periódico, sem deixar de ter uma perspectiva transversal sobre temas comuns a diversos jornais ou revistas. Esta fórmula ressente-se, por vezes, da oralidade de uma improvisação que não é suficientemente preparada, mas não deixa de ser atractiva para quem quer conhecer tópicos do "mundo impresso" que lhe permitam fazer uma opção antes da compra deste ou daquele periódico e que, simultaneamente, não tem tempo nem disponibilidade para digerir, à hora do pequeno almoço, um exercício formal de escrita, por mais bem conseguido que ele seja, como é o caso da revista de imprensa assinada por João Paulo Guerra. Neste caso é o próprio modelo que evidencia uma das limitações que se põem a um texto escrito para a rádio emitida pela via hertziana: uma catadupa de ideias e um aprimoramento no estilo nem sempre se traduzem numa apreensão fácil e consequente por parte do ouvinte, que não tem hipótese de voltar atrás para apanhar um sentido que lhe escapou ou para reprocessar um raciocínio que não entendeu. No frenesim do actual dia-a-dia, a rádio não pode ter a pretensão de requerer o máximo de atenção dos ouvintes. No caso das revistas de imprensa, cumprirá, razoavelmente, a sua missão se, ao menos, conseguir chamar a atenção de quem ouve para aquilo que considera mais relevante nas publicações impressas.
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Editor de política da RTP vai para Washington
sábado, 19 de maio de 2007
Nimesulida matou ou não matou em Portugal?
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Infoinclusões...dos outros
"A Agência Lusa contactou...". De Manuel Pinto no Jornalismo & Comunicação.
Sempre a tempo de falar de uma Ordem. De João Paulo Menezes no Blogouve-se.
domingo, 13 de maio de 2007
Cidadãos e consumidores mediáticos
sexta-feira, 11 de maio de 2007
A moda está a pegar...
Actualização a 12/5
Prossegue a utilização dos blogues para o "esclarecimento" dos comentários suscitados pelas notícias dos jornais. Porém, neste caso, Estrela Serrano não conseguiu fazer passar a mensagem perante os contra-argumentos do director do Observatório da Imprensa.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Causas, negócio e credibilidade
Actualização a 10/5
Fui cordialmente informado, por fonte do RCP, que a gravação de José Saramago não era de arquivo, uma vez que foi pedido explicitamente ao escritor para ler alguns excertos do seu livro "Pequenas Memórias". Feita a rectificação pontual mantenho a convicção da pertinência da observação. Tecnicamente, um "depoimento" sobre um tema não é a leitura de um excerto de um livro, nem tão pouco uma reportagem que foi, afinal, aquilo que foi apresentado aos ouvintes.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Pina Moura de volta à A.R. ?
sábado, 5 de maio de 2007
As notícias e o desporto
segunda-feira, 30 de abril de 2007
Infoinclusões...dos outros
Sobre a entrada do socialista Pina Moura para a administração da Media Capital, que detém a TVI, e a "naturalidade" de, em qualquer democracia, os orgãos de comunicação social terem orientações políticas claras e conhecidas de todos: "Entre a imprensa e a televisão - porque é da segunda que estamos a falar - vai, em termos de alcance e impacto sobre as agendas políticas e o eleitorado, um mundo de diferença, que só a pequena minoria daqueles que julgam que o resto do país também lê jornais para consumir informação política pode ignorar. E talvez esse mundo de diferença ajude a explicar por que razão não se conseguirá - para além da repelente Fox News e da televisão italiana? encontrar facilmente exemplos de democracias fora da Europa de Leste e da América Latina onde canais de televisão dêem à sua informação uma orientação política e ideológica assumida."
sábado, 28 de abril de 2007
Ler no blogue ou no jornal?
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Infoinclusões...dos outros
O cardeal laico e a advogada do diabo. De João Alferes Gonçalves no Clube dos Jornalistas.
A pergunta que Judite não fez a Pina Moura. De Joaquim Vieira no Observatório da Imprensa.
terça-feira, 24 de abril de 2007
Um manifesto sobre rádio (de antes do 25 de Abril)
sábado, 21 de abril de 2007
A PRISA e o poder político
Projectos profissionais e projectos políticos
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Os produtos híbridos
sexta-feira, 13 de abril de 2007
O RCP tem 220 mil ouvintes?
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Turbo-comentadores
terça-feira, 10 de abril de 2007
Direito à honra e dever de informar
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Portugueses criam cerca de 400 blogues por dia
sábado, 31 de março de 2007
As mentiras da democracia
sexta-feira, 30 de março de 2007
O fim da ditadura dos "media" tradicionais
O futuro dos "media" sem mediadores? (II)
TSF, 1- Fernando Correia, 0
A credibilidade dos comentadores
RFM tem, finalmente, uma concorrente à altura?
quinta-feira, 29 de março de 2007
Abel Mateus na mira do DE
terça-feira, 27 de março de 2007
Ainda há bons padrinhos...
Uma notícia exemplar sem “ciganos”
segunda-feira, 19 de março de 2007
RCP corrigiu o tiro
ACTUALIZAÇÃO A 22 de Março - O conteúdo do link "O Português mais importante" acima referido foi, entretanto, substituído por um outro texto que dá conta dos resultados do concurso. Para que se entenda o sentido do post anterior reproduz-se aqui o texto para o qual remetia o prévio link:
"Os ouvintes do Rádio Clube vão escolher quem é o português mais importante da história da televisão e da rádio. No Minuto a Minuto, João Adelino Faria já divulgou os nomeados. Agora, até ao próximo dia 19, são os ouvintes do Rádio Clube que vão escolher o melhor entre os melhores. Depois, no dia 20, numa emissão especial do 'Minuto a Minuto', João Adelino Faria vai moderar um grande debate entre figuras da televisão e da rádio e, obviamente, anunciar a classificação."
domingo, 18 de março de 2007
O futuro dos "media" sem mediadores?
terça-feira, 13 de março de 2007
Cidadãos e consumidores
quinta-feira, 8 de março de 2007
Director adjunto de informação apresenta concurso
terça-feira, 6 de março de 2007
A Renascença não dorme...
domingo, 4 de março de 2007
A censura na rádio antes do 25 de Abril
Um outro guião da rubrica "Transmutação", submetido ao visto prévio na mesma data (27 de Março de 1971), teve ainda menos complacência por parte dos censores. Levou um corte de alto a baixo, o que inviabilizou a sua realização. Tratava-se de uma produção feita com base no poema de Thiago de Melo "Estatutos do Homem", na altura largamente difundido através de um poster com venda pública autorizada e que muitos jovens portugueses escolarizados exibiam nas paredes dos seus quartos. Para a fúria censória terá certamente contribuído a sonorização feita com faixas musicais de autores que assumiam algum tipo de compromisso social e que embora não estivessem no index de músicas proíbidas de passar na rádio ganhavam outra dimensão ao serem entrosadas no poema. De resto, após as primeiras emissões da rubrica, em que apenas nos pediam o texto para submeter ao visto prévio, os autores foram sendo compelidos a especificar também as músicas nos respectivos guiões.
Os dois documentos seguintes referem-se a textos "não aprovados" destinados a um programa de jovens universitários de Luanda, em 1973/74, e do qual podem ser ouvidas duas emissões mais abaixo. No primeiro caso, a "Carta à minha professora" era a reprodução de um poema publicado num jornal angolano, mas que não teve autorização para ser lido na rádio. O segundo texto foi elaborado a partir de uma notícia e o motivo do corte foi a expressão assinalada a vermelho que, presumivelmente, abalava a decência e os bons costumes do censor.
quinta-feira, 1 de março de 2007
Descubra as diferenças...
domingo, 25 de fevereiro de 2007
A forma e o conteúdo no novo RCP
Outro aspecto nitidamente menorizado é a identidade sonora da estação que deixa ainda muito a desejar. Os jingles, os spots, as cortinas musicais, todas as marcas identificadoras do novo RCP são pouco expressivas e pouco apelativas. E, por maioria de razão, numa rádio de palavra as "respirações" proporcionadas pela linguagem sonora da estação são decisivas para o bom equilíbrio e agradabilidade no conforto de escuta. Sobre a qualidade radiofónica das vozes em antena, a dupla Aurélio Gomes/Teresa Gonçalves sobressai facilmente num contexto em que o acesso ao microfone é facultado a quem quer que seja, tenha ou não voz e preparação para isso. De resto, é comum na rádio dos nossos dias, confundir-se informalidade com falta de postura profissional, o que dá origem a muitos equívocos.
Apenas por uma razão metodológica as questões de forma foram aqui referidas separadamente, sabendo nós que é mais correcto pensá-las como questões de conteúdo. Todavia, ao descurarem abertamente algumas questões de forma, os responsáveis pelo projecto deixam indiciar que o conteúdo pode ter aqui um sentido meramente instrumental. Com que intuitos? Essa é uma pergunta a que só será possível responder mais tarde, após a estabilização do projecto, e depois de ser feita uma detalhada análise de conteúdo.
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Sinal dos tempos
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Ouve-se e não se acredita...
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
Os novos consumos mediáticos
sábado, 17 de fevereiro de 2007
Um programa de rádio com 33 anos

Chamava-se "Rádio Nova, Rádio Nossa" e era um programa realizado por um grupo de jovens, em Luanda, no ano de 1974. A difusão era facultada pela Emissora Oficial de Angola. As duas emissões que pode ouvir aqui e aqui dão uma ideia das estratégias possíveis para furar as malhas da censura pouco tempo antes do 25 de Abril. Neste caso, valia o recurso ao nonsense e ao absurdo, temperados com ironia q.b.