domingo, 9 de dezembro de 2007

Relações institucionais impraticáveis entre o Provedor do Ouvinte e o Director de Programas da RDP

O Provedor do Ouvinte da RDP não podia ser mais claro. No seu programa "Em Nome do Ouvinte", de 07/12, a propósito da Antena 3, José Nuno Martins admitiu que se deterioraram por completo as relações institucionais entre ele próprio e o Director de Programas da rádio pública, Rui Pêgo. "Em meados de Junho, quando ainda eram praticáveis relações institucionais entre o Provedor do Ouvinte e o Senhor Director de Programas das Antenas 1, 2 e 3, Rui Pêgo, foi-me dado saber que a Estação preparava uma profunda reformulação das suas propostas", conforme foi referido aqui.

Afinal, o que parecia ter sido uma cedência às sugestões do Provedor não se traduziu num melhor relacionamento institucional e José Nuno Martins, a propósito da reformulação de programas na Antena 3, dispara agora: "Não estando eu disposto a que o Senhor Director de Programas me voltasse a colocar condições prévias para responder a indagações que lhe faço", explica o Provedor, "entendi dirigir directamente as questões dos Ouvintes e as minhas propostas temáticas, ao Senhor Director-adjunto".

Todavia, a reacção do Director-adjunto, José Mariño, também não deixou de provocar o desagrado do Provedor: "o que é menos tolerável, é que não tenha sido a primeira vez que, usando de alguma impertinência, Mariño tenha pretendido indicar procedimentos ao Provedor do Ouvinte."

As picardias entre o Provedor do Ouvinte e o Director de Programas da RDP não são de agora. Ao longo do último ano, em várias emissões do programa "Em Nome do Ouvinte", José Nuno Martins vinha lamentando que as suas recomendações não encontravam eco no responsável executivo da Estação. Ao assumir publicamente a impraticabilidade de relações institucionais com o Director de Programas, o Provedor do Ouvinte da RDP sobe o tom da disputa. Agora, é só esperar e ver para que lado pende o "braço-de-ferro".

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