A redacção da revista "Grande Reportagem", chefiada por José Júdice, contava com os grandes repórteres Adelino Gomes, Fernando Gaspar, Miguel Sousa Tavares e Rui Araújo, para além de outros importantes nomes do jornalismo português como Carlos Oliveira, Gualdino Paredes ou Joaquim Furtado. O naipe de colunistas era de peso e a sua opinião continua a pontificar, ainda hoje, nos media: António Barreto, António Pedro Vasconcelos, Maria Filomena Mónica e Vasco Pulido Valente.
A 1ª série da "Grande Reportagem", que tinha periodicidade semanal e 68 páginas por edição, não chegou a durar um ano, mas inovou o panorama da imprensa portuguesa ao introduzir, ainda que timidamente, a cor e apresentando uma visão cosmopolita do mundo, contando para isso com correspondentes em Roma, Paris, Madrid, Londres, Bona, São Paulo e Genebra, coordenados em Lisboa por Seruca Salgado, entretanto, já falecido.
A minha colaboração na "Grande Reportagem", de que aqui deixo três peças, foi feita, então, a partir da República Federal da Alemanha onde pontificava, na altura, o chanceler Helmut Kohl (07/12/1984), ainda em pleno período de guerra fria (04/04/1985), e com a sociedade alemã conturbada pelas sequelas da actividade do grupo de Baader-Meinhoff (25/01/1985).
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