quinta-feira, 21 de junho de 2007

Troca a televisão pela rádio

Depois de João Adelino Faria, que deixou a SIC-Notícias para ir apresentar as manhãs do RCP, uma outra figura dos écrans vai trocar a televisão pela rádio da Media Capital, a partir de Setembro.

O anúncio foi feito ontem pelo director do RCP, Luís Osório, durante o debate "Quantos dias para a rádio", que decorreu na Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa. Luís Osório escusou-se, contudo, a revelar o nome do novo reforço televisivo que está a caminho do RCP.

Provedor do Ouvinte, 1 - Antena 3, 0

O Provedor do Ouvinte da RDP, José Nuno Martins, revelou ontem, durante um debate sobre rádio na Sociedade Portuguesa de Autores, ter tido conhecimento que a estratégia de programação da Antena 3 vai sofrer alterações de molde a cumprir melhor as obrigações de serviço público.

José Nuno Martins congratulou-se com a iniciativa dos responsáveis pelo chamado canal jovem da RDP que, assim, dão sequência às observações críticas do Provedor constantes no Relatório de Actividade referente a 2006.

sábado, 16 de junho de 2007

Nas férias...



...há mais vida para além do blogue.
Até já!

domingo, 10 de junho de 2007

Convidados com assinatura no RCP

José Jorge Letria bisou este fim-de-semana no RCP. No sábado, das 13h00 às 14h00, foi um dos convidados do programa "Na Sombra da História", a propósito da evocação de Luís de Sttau Monteiro. No domingo, das 12h00 às 13h00, voltou a ser convidado para o programa "E se...", dedicado à passagem dos 40 anos do lançamento do disco "Sargeant Pepper's Lonely Hearts Club Band" dos Beatles. Nas últimas semanas, recordo-me de ter ouvido o mesmo José Jorge Letria em, pelo menos, outros dois programas: no "Da Noite para o Dia", com Alexandre Honrado, comentando "o outro lado dos títulos das notícias" e fazendo ouvir a sua "Banda Sonora" no programa de Nuno Infante do Carmo.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

A lógica do consumo "pós-moralista"

No passado fim-de-semana, o filósofo francês Gilles Lipovetsky veio a Lisboa dizer que "é preciso corrigirmos o lugar que o consumo ocupa nas nossas vidas, fazendo-o em nome de uma ética das pessoas e não da felicidade". Embora admitindo que as satisfações materiais são ingredientes de uma vida feliz, Lipovetsky sublinhou que "o crucial é que as satisfações aconteçam fora dos paraísos passageiros do consumo". Todavia, manifestou-se "contra a postura hipócrita de alguns intelectuais que consideram que a evasão efémera é uma necessidade inferior". Longe estão as visões fundamentalmente escapistas e redutoras do consumo, segundo as quais as pessoas trabalhavam para consumir e, em seguida, consumiam-se a trabalhar, fechando um ciclo sem saída possível. Ao pugnar por "uma ecologia mais equilibrada da existência" corrigindo o lugar que o consumo ocupa em nome de uma ética das pessoas, Lipovetsky tende a associá-lo à cidadania, de modo a que o valor atribuído ao consumo possa ter uma expressão equiparável aos valores cívicos. Porque a cidadania mudou (já não é só sócio-política, é também económica e cultural) e o consumo também mudou (já não é só económico, é também sócio-político e cultural). Para um cidadão e consumidor particularmente atento à situação nos media é exemplar o quadro referencial elaborado por Michael Schudson no ensaio "Citizens, Consumers, and the Good Society". Advogando uma posição "pós-moralista" na análise da cultura de consumo, Schudson sustenta que é um erro identificar a acção política com motivações altruístas de dedicação à causa pública e, em oposição, identificar os comportamentos consumistas apenas com motivações de interesse próprio. Ambos os comportamentos - sustenta Michael Schudson - podem ser uma e outra coisa. Desde a década de 70 do século passado, com Jean Baudrillard e Guy Debord, sabemos que o consumo é uma ameaça para o equilíbrio do ser humano e a espectacularização um risco para a sociedade. Aos consumidores dos meios de comunicação social resta tentar fazer a apropriação do consumo e do espectáculo, veiculados pelos media, de molde a transformar ambos num leque de oportunidades para a cidadania.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Massificação da informação e banalização da opinião

No ano passado, a imprensa gratuita atingiu uma circulação de 8%, a nível mundial, conforme se pode ler aqui, reflectindo um crescimento exponencial. Deste modo, o mercado de publicações, sejam elas generalistas, temáticas, mais populares ou mais de referência, está a ser capturado pelos gratuitos, o que se traduz numa perda de valor para a informação mainstream, distribuída gratuitamente por todo o lado, seja através dos jornais ou via rádios e televisões hertzianas, estas desde sempre assumidas pelo público como gratuitas. O sentimento de desvalorização estende-se às peças e artigos de opinião, a sofrerem os efeitos de uma banalização crescente, com os mesmos turbo-comentadores replicando por jornais, rádios e televisões, juízos cujo valor parece prender-se mais com o facto de os protagonistas serem supostamente conhecidos e menos devido à consistência das opiniões ou à validação pelo domínio dos temas. Com este pano de fundo, nivelado por um grau de estrita mediania, a satisfação da generalidade dos consumidores está garantida, pelo que resta ao jornalismo que se queira pago dirigir-se aos nichos de mercado que privilegiem uma cultura de exigência através de uma informação diferenciada e de uma opinião credível e validamente sustentada.