“Para mim um bom jornalismo é independente e distanciado” – António José Teixeira em declarações ao jornal Público.
Quando António José Teixeira advoga que é preciso ser mais distante dos poderes económico e político para se fazer melhor jornalismo o director da SIC Notícias vai ao cerne da principal questão que envolve o jornalista. Por um lado, tem de haver um relacionamento com as fontes políticas e económicas, logo a proximidade é inevitável. Por outro, a demarcação dos terrenos, de uma e outra parte, tem de ser clara e rigorosa sob pena de haver uma promiscuidade que embota uns e outros. Só que, muitas vezes, essa linha de separação é demasiado ténue, o que se presta a todo o género de equívocos.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Gratuitos perdem gás
A Metro Internacional, o grupo pioneiro da imprensa gratuita a nível mundial, dá os primeiros sinais de crise. A notícia está aqui.
Quererá isto dizer que acabará por vingar o conceito de que os orgãos com informação primária prestam um serviço com um valor próprio que não se pode assemelhar a um produto estandartizado que reproduz informação vulgarizada através de diferentes plataformas?
Quererá isto dizer que acabará por vingar o conceito de que os orgãos com informação primária prestam um serviço com um valor próprio que não se pode assemelhar a um produto estandartizado que reproduz informação vulgarizada através de diferentes plataformas?
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quarta-feira, 16 de abril de 2008
A política e o entretenimento
Todos aqueles que têm uma visão muito séria da política e que apontam o entretenimento na informação e na política como um sinal distintivo dos tempos que correm, deveriam ter ouvido o professor norte-americano Michael Schudson, segunda-feira 14, na FLAD.
Aquele sociólogo dos media diz que a política sempre foi entretenimento e, invocando os rituais eleitorais do tempo dos fundadores da democracia norte-americana, lembrou que essa tradição já vem do século XIX.
Recusando diabolizar o entretenimento, como de resto já o havia feito relativamente ao consumo, Schudson advoga uma vinculação da cidadania ao entretenimento que, através dos media, pode ser utilizado como forma de educação. Aliàs, segundo o professor norte-americano, ainda está para ser escrito o grande livro sobre o entretenimento.
No entender de Michael Schudson, que critica o jornalismo cívico, mais importante do que ter acesso a uma informação puramente racionalista são os meios que o cidadão deverá possuir para monitorizar e controlar o ambiente social em que se insere.
Aquele sociólogo dos media diz que a política sempre foi entretenimento e, invocando os rituais eleitorais do tempo dos fundadores da democracia norte-americana, lembrou que essa tradição já vem do século XIX.
Recusando diabolizar o entretenimento, como de resto já o havia feito relativamente ao consumo, Schudson advoga uma vinculação da cidadania ao entretenimento que, através dos media, pode ser utilizado como forma de educação. Aliàs, segundo o professor norte-americano, ainda está para ser escrito o grande livro sobre o entretenimento.
No entender de Michael Schudson, que critica o jornalismo cívico, mais importante do que ter acesso a uma informação puramente racionalista são os meios que o cidadão deverá possuir para monitorizar e controlar o ambiente social em que se insere.
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segunda-feira, 14 de abril de 2008
E as sinergias de grupo???
No Jornal da Uma, da TVI, ouvem-se declarações telefónicas do presidente do LNEC sobre a prioridade em avançar com a ligação ferroviária na TTT, antes da ligação rodoviária, com a menção “Cortesia da TSF”. Ora, Carlos Matias Ramos esteve esta manhã em directo no RCP, do mesmo grupo da TVI, a dizer exactamente a mesma coisa. Porque se recorreu, então, ao som de uma rádio exterior ao grupo?
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