A segunda volta francesa e uma nota portuguesa. De Pedro Magalhães no Público de 30/4 (só para assinantes).
Sobre a entrada do socialista Pina Moura para a administração da Media Capital, que detém a TVI, e a "naturalidade" de, em qualquer democracia, os orgãos de comunicação social terem orientações políticas claras e conhecidas de todos: "Entre a imprensa e a televisão - porque é da segunda que estamos a falar - vai, em termos de alcance e impacto sobre as agendas políticas e o eleitorado, um mundo de diferença, que só a pequena minoria daqueles que julgam que o resto do país também lê jornais para consumir informação política pode ignorar. E talvez esse mundo de diferença ajude a explicar por que razão não se conseguirá - para além da repelente Fox News e da televisão italiana? encontrar facilmente exemplos de democracias fora da Europa de Leste e da América Latina onde canais de televisão dêem à sua informação uma orientação política e ideológica assumida."
segunda-feira, 30 de abril de 2007
sábado, 28 de abril de 2007
Ler no blogue ou no jornal?
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Infoinclusões...dos outros
Timings (in)oportunos (I de II). De Paulo Gorjão no Bloguitica.
O cardeal laico e a advogada do diabo. De João Alferes Gonçalves no Clube dos Jornalistas.
A pergunta que Judite não fez a Pina Moura. De Joaquim Vieira no Observatório da Imprensa.
O cardeal laico e a advogada do diabo. De João Alferes Gonçalves no Clube dos Jornalistas.
A pergunta que Judite não fez a Pina Moura. De Joaquim Vieira no Observatório da Imprensa.
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terça-feira, 24 de abril de 2007
Um manifesto sobre rádio (de antes do 25 de Abril)
Este é um texto, escrito em 1973, que decidi colocar on-line por ocasião da passagem de mais um aniversário do 25 de Abril de 1974. O manifesto serve para situar no contexto da rádio as preocupações e, simultaneamente, as limitações de quem, na altura, procurava valorizar vertentes emancipadoras e artísticas na indústria radiofónica em Portugal. Exemplos de emissões desta época podem ser ouvidos aqui.
sábado, 21 de abril de 2007
A PRISA e o poder político
Pina Moura até pode ter razão quando afirma aqui que "a PRISA é um grupo independente, porque não depende de nenhum partido". Ficaríamos, porém, mais tranquilos se pudéssemos ter a certeza de que, a bem da democracia, o poder político nunca ficará refém de nenhum poder empresarial.
Projectos profissionais e projectos políticos
Para quem tinha ilusões sobre o que representava a entrada da Prisa na Media Capital as declarações de Pina Moura ao Expresso têm o mérito de mostrar claramente o que está em jogo. O socialista, convidado para presidir ao Conselho de Administração da empresa proprietária da TVI, assume que continuará "a fazer política" mas agora nos média e garante que "não há nenhum projecto empresarial que não tenha objectivos políticos, nomeadamente na comunicação social". O "cardeal laico, republicano e socialista" consegue ser ainda mais transparente do que o "conde" de Anadia, a quem sucede no cargo. Pais do Amaral limitava-se a reconhecer que, para ele, o negócio dos média sempre foi um negócio como os outros.
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Os produtos híbridos
A inovação que constituem os automóveis híbridos é apenas mais um sinal dos tempos no caminho que nos conduz ao futuro. Tal como nos veículos também nos media a tentativa de conjugação do melhor de dois ou mais mundos está a fazer carreira e parece ser esse o objectivo a atingir pelo menos ao nível do público do mainstream, porque as élites, essas, necessitarão sempre de produtos diferenciados. Não é por acaso que, nos EUA, o programa televisivo Daily Show, onde se conjuga a informação, o entretenimento e o activismo, capta já a maior parte do público entre os 18 e os 34 anos. Durante a campanha presidencial de 2004 o show recebeu mais espectadores daquela faixa etária do que os clássicos Nightline, Meet the Press, Hannity & Colmes e todas as emissões noticiosas da noite. Hoje em dia, é no Daily Show que grande parte dos jovens adultos norte-americanos busca o contacto com a realidade moldando os seus princípios de cidadania a partir de um programa cujo formato replica, com humor, uma emissão informativa clássica. Se transmutarmos o conceito para a realidade portuguesa facilmente concluímos que o programa "Diz que é uma Espécie de Magazine" dos Gato Fedorento é o exemplo de uma emissão que persegue objectivos similares tendendo a atingir o pleno no mesmo público-alvo. E já conseguiu impôr-se no mainstream chegando ao horário nobre da televisão pública nacional. Os diferentes formatos de informação e de entretenimento vão-se confundindo, cada vez mais, e não vale a pena diabolizar o infotainment tout court porque qualquer produto de consumo mediático, desde que seja profissionalmente conseguido e ética e deontológicamente irrepreensível, tem a mesma dignidade. Assim, uma emissão de informação e entretenimento pode ser tão importante para a prossecução dos valores de cidadania como um programa com um formato perfeitamente diferenciado como é o caso tratado neste resumo de um trabalho de investigação, onde se chega à conclusão de que não é mais possível manter em compartimentos estanques a cidadania e o consumo dos media. Mais não seja porque a política passou a adoptar as regras do mercado para o seu funcionamento, como se pode ler aqui (há quem diga que, hoje em dia, vota-se como quem compra e que estão em causa os próprios fundamentos da democracia). Neste contexto, a cidadania deixou de ser apenas sócio-política e passou a ter também uma dimensão cultural e uma dimensão económica, que a vincula necessariamente ao consumo. Assim, a emergência de produtos mediáticos híbridos, de que vínhamos falando, é o espelho desta realidade de confluência de valores e de instâncias até agora antagónicas e a generalização do infotainment, que recebeu um impulso decisivo com a televisão, está já a alastrar à rádio e aos jornais, embora convenha relembrar que a imprensa escrita nunca foi feita somente de informação pura e dura, sempre houve fait-divers e trivialidades à mistura com assuntos mais sérios, e na rádio a institucionalização do formato jornalístico tem pouco mais de três décadas. Vem isto a propósito das recentes reformulações editoriais no Diário de Notícias e no Rádio Clube Português. João Marcelino e Luís Osório protagonizam cada um daqueles dois projectos cujo objectivo é, assumidamente, ganhar mais leitores e mais ouvintes. Se no caso do Diário de Notícias, João Marcelino tenta conjugar dois géneros informativos alegadamente antagónicos - o jornalismo dito de referência e o jornalismo dito popular - relativamente ao Rádio Clube, Luís Osório desdobra a emissão apresentando ao longo do dia uma sucessão de diferentes formatos radiofónicos: informação pura e dura da manhã, informação mais light à tarde e programas de call in (de desporto e confessionais) à noite. Para o sucesso ou o fracasso que o DN e o RCP possam vir a ter deverão contribuir os dois aspectos acima referidos. Por um lado, o peso da marca ética e deontológica com que cada um dos responsáveis quiser cunhar o respectivo projecto. Por outro, o profissionalismo que conseguirem imprimir às equipas que dirigem. À partida, o desafio é igual para ambos. Porém, é bom lembrar que João Marcelino, quando chegou à redacção do DN, já nada lhe era estranho no mundo dos jornais, enquanto Luís Osório só quando chegou ao Rádio Clube começou verdadeiramente a entrar no mundo da rádio.
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sexta-feira, 13 de abril de 2007
O RCP tem 220 mil ouvintes?
Já sabemos que as auto-promoções valem o que valem. Mas, por respeito aos ouvintes, convém que não enviesem escandalosamente o rigor. Ouve-se numa auto-promoção do RCP que a estação tem 220 mil ouvintes, número obtido com base nos 2,2% de Audiência Acumulada de Véspera (AAV) registados na 1ª vaga de 2007 do Bareme Rádio da Marktest. Aquele número estaria correcto se o Universo fossem 10 milhões de pessoas. Mas, como se pode ver aqui não é esse o Universo do estudo. Concretamente, são 8 milhões, trezentos e onze mil quatrocentos e nove indivíduos, com 15 ou mais anos, residentes em Portugal Continental. Daqui resulta que uma percentagem de 2,2% equivale exactamente a 182 mil ouvintes.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Turbo-comentadores
Já conhecíamos os "turbo-professores", que corriam de universidade em universidade a debitar a sua sapiência. Agora, parece estar a emergir a classe dos turbo-comentadores. O jornalista Carlos Magno, comentador político e colaborador permanente em dois programas da Antena 1, "Alma Nostra" e "Contraditório", deixava a sugestão às 9 da manhã no noticiário da rádio pública: os jornalistas que vão entrevistar José Sócrates, esta noite, deveriam começar por perguntar se o poderiam tratar por "sr. engenheiro" ou por "sr. primeiro-ministro". Às 6 da tarde, o mesmo Carlos Magno repetia a sugestão no noticiário do Rádio Clube Português.
terça-feira, 10 de abril de 2007
Direito à honra e dever de informar
Quando o direito à honra se sobrepõe ao dever de informar factos comprovadamente verídicos, como se conta aqui, para que servem, afinal, os jornalistas?
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segunda-feira, 9 de abril de 2007
Portugueses criam cerca de 400 blogues por dia
As contas estão aqui. Para um real deve e haver conviria, no entanto, sabermos quantos blogues são abandonados todos os dias e quantos não são actualizados diariamente. É óbvio que contra mim falo...
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