Liga-se o rádio e ouve-se um ouvinte participante num dos programas de phone-in em directo chamar filho da p. ao primeiro-ministro (programa "Posto de Escuta" do RCP no dia 25/7/2008, pouco antes da 1 hora da manhã).
Para se chegar a este ponto, nos programas genericamente conhecidos por fóruns, poder-se-iam ensaiar várias explicações: inexperiência ou falta de perfil para quem conduz emissões deste tipo, desresponsabilização de quem insulta, calunia ou difama. Porém, do meu ponto de vista há, sobretudo, a ausência de uma definição clara das regras de participação. E isso deve-se aos responsáveis máximos de cada meio de comunicação social.
A busca de audiências a todo o custo tem levado, frequentemente, a varrer para debaixo do tapete as questões éticas e deontológicas. Passo a passo vai-se deixando pisar o risco cada vez mais à frente criando a falsa ideia de que entrar em directo na rádio e na televisão é o mesmo que falar na sala de estar ou na mesa do café. Sem sublinhar, reiteradamente, que a expressão pública de uma qualquer posição envolve todos os tipos de responsabilização, inclusívé, criminal.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
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