sexta-feira, 30 de março de 2007

O futuro dos "media" sem mediadores? (II)

No futuro, grande parte dos mediadores actuais deverá vir a integrar a amálgama de cidadãos/produtores/consumidores, que alimentarão o mainstream mediático. Só se manterão como mediadores os profissionais de excelência, que servirão os nichos de mercado, as élites. Porém, enquanto os participantes de fóruns, os produtores de blogues e podcasts não forem absorvidos pela indústria do mainstream mediático, os precursores da utilização das redes sociais têm oportunidade para medir forças com os media tradicionais. Até porque, para exercer influência, desde que se tenha uma rede de difusão, o que conta é o prestígio e não a desproporção dos meios. As redes sociais da Internet evitam a relação assimétrica dos media tradicionais. No meu blogue, no meu podcast, edito o que quero, como quero, sem constrangimentos de espaço ou de tempo, nem de qualquer relação de dependência face ao medium. Eu defino as regras e a forma como quero aparecer e os media tradicionais ainda não se aperceberam que vão perder o exclusivo do palco, que vão ter de reparti-lo com as redes sociais. E, das duas uma, ou se profissionalizam am altíssimo grau trabalhando para nichos de mercado, ou então, não conseguem fazer melhor que os cidadãos/produtores/consumidores de media e deixam de fazer sentido. À medida que as redes sociais de cidadãos/produtores/consumidores se vão impondo aos media estes deixam de ter autonomia para influenciar em exclusivo e vão perdendo importância social.

Sem comentários: