Quando se discute tudo por todos (sejam eles muito, pouco ou nada qualificados), sem regras nem condições, acaba por não se debater realmente nada de substantivo. É entretenimento puro para tentar captar audiências. Do ponto de vista do espaço público o enriquecimento é nulo. Pelo contrário, cria-se ruído que serve apenas para atordoar os espíritos e mascarar os dados relevantes da realidade.
O que vale a opinião da "vox pop."? Normalmente nada, servindo apenas para preencher, de borla, o espaço dos média. Não faz doutrina quem quer, mas quem pode.
Será que a comunicação social deve promover a divulgação de todas as opiniões (incluindo palpites) ou apenas das opiniões relevantes, aquelas que são expressas por pessoas com algum tipo de qualificação e que têm a possibilidade de vir a fazer doutrina? A resposta parece-me óbvia. Os média têm de escolher: ou querem ser simplesmente alti-falantes da “vox populi” ou, em contrapartida, serem reconhecidos pelos critérios de selecção, escolha e edição das opiniões.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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